Um
romance erótico com toques de humor e sarcasmo. Essa é a receita
que o Pacheco seguiu para desenhar “Uma Aventura Perigosa”, seu
segundo romance, pela Editora Buriti. A trama se desenvolve a partir
dos apuros de Max
de Castro, um funcionário público insatisfeito no trabalho e com
problemas no casamento. Após uma crise de estresse em pleno
expediente, incentivado por um psicanalista em um programa de
entrevistas, escreve uma carta confessional, que deve ser escondida e
destruída em 24 horas, mas a mesma desaparece, antes que ele pudesse
fazê-lo.
Durante
o lançamento, o autor conversou com alguns jornalistas e deixou
escapar algumas curiosidades sobre o livro, que você confere a
seguir:
1
– Origem
A
ideia para a história surgiu durante o Encontro Literário
“Narrativas
fantásticas – A Literatura da Invenção”,
do Festival de Inverno Sesc Rio 2013, com Bráulio Tavares, do qual
Pacheco participo como mediador. Ele conta: “O
Bráulio fazia uma incursão sobre a escrita confessional, falando
sobre vários autores brasileiros que faziam uso desse recurso. A
certa altura ele comentou sobre um amigo psicanalista que receitava o
exercício da carta confessional. Naquele momento, toda a história
começou a se desenhar em minha mente e sua escritura demorou cerca
que nove meses”.
2
– Max de Castro
O
nome é uma brincadeira com a personalidade do personagem. “Max”
seria o máximo de “Castro”, usado no livro como corruptela
da palavra “casto”,
que
vem do latim castus,
que significa puro.
Seria
o “mais
puro”,
e quem já leu o livro sabe muito bem que isso ele não é.
3
– Influências
Pacheco
conta que para escrever “Uma Aventura Perigosa” teve como
influências os livros: “O
que contei a Zveiter sobre sexo”,
de Flávio Braga; “A
maldição do macho”,
de Nelson de Oliveira; e “O
Escorpião da Sexta-feira”,
de Charles
Kiefer. Em
comum, os livros têm a participação autodiegética, em que o
narrador participa como personagem principal.
4
– Capítulo fora do lugar
O
capítulo “A
Festa de Baco”
era para estar logo após o capítulo 15, mas o autor preferiu
deslocá-lo para o final do livro.
5
– Referências musicais
O
livro tem uma série de referências musicais que um leitor mais
atento poderá perceber, como Claudio Zolli, Charlie Brown Jr., Bon
Jovi, Black Eyed Peas e até mesmo Asia.
6
– Gastronomia
Fâ
de gastronomia, George não poupou descrições de pratos e até
mesmo uma receita de caipirinha.
7
– A entrevista
A
entrevista que o personagem assiste e que o estimula a escrever a
carta confessional, também é uma referência ao início da carreira
de escritor de George dos Santos Pacheco. O jovem assistia em 2006 a
uma entrevista em um programa televisivo em que uma escritora,
lançando seu último livro, incentivando aqueles que desejavam ser
escritores com a máxima “Você
já pensou em escrever um livro?”,
com a justificativa de qualquer um poderia escrever, bastava ter o
que dizer.
Deu
no que deu.
Uma
aventura plausível?
Em
defesa de seu livro, Pacheco afirma que sua trama é mais próxima da
realidade do que as obras eróticas importadas que invadiram o
mercado brasileiro. “São
pessoas comuns, com dramas comuns, que vão fazer os leitores se
identificarem e se divertirem bastante”.
Ficou
com água na boca para ler o livro? Acesse o site da Editora Buriti e
garanta já o seu!
Barato
Cultural
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