Em
1896 o russo Wassily Kandinsky (1866-1944) era um jovem professor de
direito na Universidade de Moscou quando visitou uma exposição de obras
impressionistas francesas que havia aportado na capital russa. O impacto
foi tão grande que ele abandonou a cátedra universitária e partiu para
Munique, na Alemanha, a fim de estudar arte. Seus trabalhos foram
progressivamente se alinhando com o efeito desnorteante que ele
experimentara diante do quadro de Claude Monet e seu nome entrou para a
história da arte acompanhado da alcunha de “pai do abstracionismo”. Usando essa ruptura como fio condutor da exposição Kandinsky: Tudo Começa num Ponto,
o Centro Cultural Banco do Brasil expõe de 28 de janeiro a 30 de março
quadros e objetos avaliados em 1 bilhão de reais trazidos de museus e
coleções particulares de cinco países. “Ele se destacou como pioneiro na fuga do realismo e na busca de novas formas de representação. Foi revolucionário”, diz a curadora Evgenia Petrova, diretora do Museu Estatal Russo de São Petersburgo, de onde veio a maior parte das obras.
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Claude Monet (1840-1926): O monte de feno, o quadro que deslumbrou Kandinsky |
Wassily Kandinsky
Wassily
Kandinsky foi um artista plástico russo, professor da Bauhaus e
introdutor da abstração no campo das artes visuais. Apesar da origem
russa, adquiriu a nacionalidade alemã em 1928 e a francesa em 1939. Na
década de 1910, Kandinsky desenvolveu seus primeiros estudos não
figurativos - sendo por isso considerado o primeiro pintor ocidental a
produzir uma tela abstrata. Algumas das suas obras dessa época, a
exemplo de "Murnau - Jardim 1" (1910) e "Grüngasse em Murnau" (1909),
mostram a influência dos verões que Kandinsky passava em Murnau,
notando-se um crescente abstracionismo nas suas paisagens.
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