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29 de julho de 2014

O Globo: Camarões em alta nos cardápios



Temporada de camarões inspira festivais pela cidade, como o tradicional do restaurante Garden - Rodrigo Azevedo / Divulgação

 Versatilidade do crustáceo é usada na culinária de diversas regiões, passando por versões brasileiras, italianas, libanesas e tailandesas

RIO - O mar está para camarões. Os crustáceos passam a figurar com fartura em diversos cardápios da cidade desde o início de julho, com o fim do período do defeso, em que a pesca é proibida. E há pedidas para todos os gostos e bolsos, desde versões menos usuais por aqui, como a libanesa e a tailandesa, passando por regiões brasileiras como Bahia, São Paulo e Rio.

Como explica o chef Vaval, do Nomangue Copacabana, especialista em frutos do mar, esse é um período de fartura comemorado por muitos cozinheiros. Isso porque os camarões ferro e mangue, os mais utilizados para frituras e cozimento, são encontrados em abundância na costa fluminense. E têm sabor inigualável.

— Trabalho com camarões desde criança e percebo que o camarão selvagem, do alto mar, tem um sabor e textura diferentes. Já conseguiram melhorar o camarão de cativeiro, mas ainda não podemos compará-lo ao do mar — avalia Vaval.
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Aproveitando a boa temporada, Vaval incrementa o cardápio. Serve clássicos baianos, como o bobó de camarão, com arroz branco e farofa de dendê (R$ 99) e no abacaxi, que leva o crustáceo grelhado com molho da fruta e creme de leite acompanhado de arroz com pimentões e Catupiry (R$ 105, duas pessoas).
No restaurante Garden, são cerca de três toneladas do crustáceo durante o tradicional Festival de Camarão, que chega em sua 17ª edição e vai até o fim de agosto. Para conseguir matéria-prima, o sócio Jorge Renato Thomaz negocia com pescadores de todo o estado. No cardápio, 20 sugestões (R$ 49, valor único cada), com clássicos e novidades, como o “camarão sabor paulista”, grelhado com casca ao alho e óleo e servido com cuscuz paulista de camarão, e o “camarão sabor do Norte”, grelhado ao molho de tucupi, com farinha d’água e arroz molhadinho no molho.

— Um dos grandes segredos é usar a cabeça do crustáceo para caldos e molhos. E o camarão de cativeiro, muitas vezes, vem sem ela — dá a dica Thomaz.

Outra casa tradicional que oferece pratos especiais no período é o Albamar. O chef Luiz Incao faz questão de comprar os crustáceos pessoalmente, no Ceasa do Irajá, para garantir a qualidade dos pratos, num festival que vai até 10 de agosto. Entre as cinco opções de entrada, há camarão no coco, carpaccio de pupunha, alface e molho mil ilhas (R$ 32). Entre os principais, cassarola de camarão ao curry, com frutas e arroz de amêndoas (R$ 68). O menu com entrada, principal e sobremesa sai a R$ 110.

— O mar é como uma fazenda em que você tem que respeitar os períodos de colheita. Por isso, colocamos em destaque os pratos com camarões no período de julho e agosto — observa Incao.

Não tão comuns nos cardápios brasileiros, está a versão com cuscuz libanês, que acompanha molho de tâmara e hortelã, salada fattouch com queijo feta e azeitonas pretas (R$ 65), servida no restaurante Arab. No tailandês Sawasdee, o chef Marcos Sodré lança o espeto de camarão com paçoca spicy e salada de acelga (R$ 27).

Falando em orientais, há pedidas como o tempurá do crustáceo, no Sushi Leblon (R$ 92) e no Pax Delícia Lagoon (R$ 78). No Ten Kai, teppan yaki de camarão acompanhado de legumes (R$ 91). No I Piatti, uma versão à milanesa recheada com Catupiry e servida com arroz à grega (R$ 74,90).

Fonte: O Globo

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